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Pânico, ansiedade, crise de ansiedade

O pânico está ligado ao medo da morte, medo de morrer. A morte é uma morte do corpo físico por isso as reações desse medo se manifestam no corpo: taquicardia, suor frio, suor nas mãos, tremor na musculatura, dentre outros. E essas sensações são interpretadas como a proximidade da morte. A pessoa fica com a atenção focada nas sensações corporais o que aumenta as sensações e o medo decorrente delas. O pânico é uma sensação iminente de morte, como se algo o tomasse de repente de forma imprevisível e incontrolável.

Causas:

  1. Falta de relação ou relação fraca com o pai.Não entende o pai e o rejeita. Isso gera medo da vida. Medo dos desafios da vida. Incapacidade de resolver as dificuldades que oferece a vida. Não dá conta. Falta de auto confiança. Isso gera ansiedade constante, crises de ansiedade que podem chegar a pânico e até paralisia, não querer sair de casa, não ir para a rua. A rua significa a vida fora do lar, isto é o trabalho, a profissão. O pai é quem nos introduz a vida fora de casa. Ele nos ensina a lidar com as situações de trabalho, profissão, amizades, namoros. O pai é mais racional e menos emocional, nos trata com menos condescendência, com mais rudeza. A vida fora de casa é mais prática e tem que ser resolvida de forma prática. Quando colocamos emoção, nos perdemos na solução e criamos conflitos para nós mesmos. Podemos ficar com raiva, magoados, com medo e desta forma não resolvemos os desafios. O pai é o racional, até parece frio, e isso faz com que alguns rejeitem essa relação e não se vinculem com o pai de forma de aprender a lidar os desafios da vida. Querem encarar os desafios como resolvem sua situação com a mãe, de forma afetiva. O pai pode ser rude, mas a vida é muito mais. O pai pode agir de forma rude, mas ainda ele exerce proteção sobre o filho/a. a forma como o pai expressa seu amor é prepara-lo para a rudeza da vida, é uma forma de proteção ensinar os filhos a ser autossuficientes e assim auto confiantes.
  2. A mãe tem medo da vida e superprotege o filho. Desta forma a mãe repassa seus medos ao filho. O filho evita o contato com a vida fora de casa, estudos, trabalho, amizades, academia, etc. Está sempre ansioso e com crises mais agudas de medo. Fica dentro de casa, o único lugar seguro para ele. Desenvolve fobia social.
  3. Alguém próximo morreu e o paciente não consegue se desligar, desapegar do falecido, não aceita a morte. A pessoa fica “ruminando” a morte da pessoa querida e não se desliga do ente querido, ele permanece presente na sua mente, morto, mas presente.

Caso: um pai 5 anos após da morte do filho apresentou sintomas de pânico. O filho pediu pro pai permissão para ir na pista de skate com os amigos de noite. A mãe não permitia o filho sair depois de certa hora, mas o pai permitiu. Foi quando o filho foi assassinado. O pai se sentia culpado por ter permitido sair de casa mais tarde, e a mãe reforçava essa culpa. Desta forma o pai não conseguia se livrar da culpa, entender que nada poderia fazer para mudar o destino já acontecido. A culpa mantinha o pensamento na morte do filho e após 5 anos começou a sentir no seu corpo sensações de morte, isto é os sintomas de pânico.

  1. Raiva de si mesmo. Essa raiva por não se aceitar, se achar errado, se culpar, não se sentir merecedor de coisas boas e por conta disso se sabota, comete ações impulsivas e inconscientes contra si, más escolhas. Tem medo de si mesmo, da auto sabotagem, do mal que faz consigo mesmo de forma inconsciente e não pode controlar. Não pode controlar a raiva de si que é inconsciente e aparece como autopunição, desmerecimento das coisas boas da vida. Isso dá a sensação que a qualquer momento vai acontecer algo errado consigo. Medo, pânico de seu inconsciente que o pune.

Interpreta as coisas “erradas” que acontecem consigo como punições da vida pelos “erros” que cometeu. Não se perdoa. É orgulhoso demais e não aceita ter cometido “erros”, não se permite errar. Não vê os erros como aprendizado, como uma tentativa de acerto.

Autor: Alejandro Ramón Allochi – Psicólogo – CRP12-6310